As Nações Unidas marcam neste 25 de novembro o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Este ano, o tema é “Ativismo para acabar com a Violência contra Mulheres e Meninas”.
A data coincide com o início da campanha de 16 Dias de Ativismo para o Fim da Violência de Gênero, que vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Especial debate violência de gênero na política
Para marcar a celebração, a ONU News preparou um especial que reflete sobre mulheres na política. A equipe conversou com mulheres consideradas referência no setor pelos desafios enfrentados no dia a dia do cenário político.
Participam a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, a ativista e jurista Silvia Pimentel, que ajudou a redigir a Carta das Mulheres para a Constituinte de 1988, e a ex-presidente da Assembleia Geral da ONU e ex-ministra das Relações Exteriores do Equador, María Fernanda Espinosa.
Elas trouxeram elementos fundamentais para entender por que a presença feminina em cargos de poder causa cenas de violência contra algumas figuras eleitas democraticamente para representar a população.
Mulheres em cargos eletivos
Globalmente, o número de mulheres ocupando cargos executivos ainda é bem pequeno. Segundo a União Interparlamentar, globalmente, apenas 5,9% dos chefes de Estado eram mulheres em 2021. Elas ainda somam apenas 6,7% de primeiros-ministros.
Em 2011, Dilma Rousseff foi a primeira mulher eleita a presidência da república no Brasil. O mandato da ex-presidente terminou após um processo de impeachment em 2016, sob a acusação de crimes de responsabilidade em relação a práticas orçamentárias.
Durante a votação no Congresso Nacional, diversas manifestações contra a chefe de Estado marcaram o processo.
“Então a resposta para vocês é sim, eu fui objeto sempre de uma grande, de uma grande manifestação de preconceito.”
Na análise da jurista Silvia Pimentel, a falta de representatividade no Brasil reflete a cultura do “patriarcado”, que permeia não só o resultado das eleições, mas também as atitudes internas de partidos políticos. Ela convocou mulheres e feministas a serem agentes de mudança.
“O que queremos é que nós, mulheres, cada um a partir do seu local, do seu espaço político, da sua casa, do seu trabalho, da escola, que trabalhe do seu escritório, que vocês possam levantar o tema da importância da nossa participação política.”
Rede de mulheres
Já a ex-líder da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, destacou os espaços de acolhimento às mulheres que estão no cenário político. Espinosa ocupou cargos no governo equatoriano e é uma das quatro mulheres que se sentou na chefia da Assembleia Geral em 77 anos.
Atualmente, ela lidera uma rede global de mulheres que busca incentivar o aumento da participação feminina na política e diplomacia.
“Muitas têm medo porque viram a agressão que estamos sujeitas em nossos cargos. Precisamos injetar otimismo nas novas geração e o desejo de mudar o mundo.”
Assim como María Fernanda Espinosa, as entrevistadas contam como buscaram proteção e resiliência para seguirem em suas lutas e avaliam formas de garantir que a política seja um ambiente que respeite a representatividade feminina.
Para conferir mais sobre as análises e opiniões, acompanhe os episódios que serão disponibilizados na página da ONU News a partir do dia 10 de dezembro, ao final dos 16 dias de ativismo.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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