Quase dois meses depois do início do conflito do Sudão, a comunidade humanitária alerta sobre o aumento de bolsas de fome na região já frágil.  

Esta realidade é marcada pela fuga de centenas de milhares de pessoas para os países vizinhos, destaca o Programa Mundial de Alimentos, PMA. 

Produção de alimentos 

Agências das Nações Unidas e parceiros relatam uma piora “dos já alarmantes níveis de insegurança alimentar e desnutrição” no país e na região. As entregas do PMA estão cada vez mais pressionadas, quando a meta é alcançar 6 milhões de pessoas atingidas pelos combates.  

Alimentos de emergência são distribuídos em um campo de deslocados no estado de Gedaref, Sudão.

A agência informou que atua rápido com o aproximar da época chuvosa e os riscos iminentes do corte da produção de alimentos no país que foi considerado um celeiro regional. 

Até o momento, o PMA alcançou 750 mil pessoas no Sudão, inclusive na capital, Cartum. Mas a agência aponta um maior movimento de milhares de desabrigados para os países vizinhos fugindo dos combates. Eles recebem refeições prontas, apoio nutricional e dinheiro da agência. 

O diretor regional do PMA para a África Oriental, Michael Dunford, lembrou que secas, inundações, conflitos e crises econômicas têm impactado os países vizinhos nos últimos meses. No território sudanês, agências de notícias anunciaram que nesta terça-feira as partes do conflito realizaram combates por ar e por terra na capital do país.  

Aumento da violência 

O vice-diretor regional da Cruz Vermelha para a África, Pietre Kremer, falou do aumento da violência em declarações a jornalistas em Genebra, a partir da Etiópia. A instituição é um dos 68 parceiros da ONU.  

Milhares de pessoas atravessaram para o Sudão do Sul enquanto fogem do conflito em curso no Sudão.

Kremmer contou que a piora da situação em poucos dias levou recentemente a dobrar o total de um apelo humanitário da instituição para mais de US$ 16 milhões no Sudão. O outro pedido para a região chega a US$ 40 milhões para atender sudaneses em países como Sudão do Sul, Chade, Etiópia, Líbia e República Centro-Africana. 

A Cruz Vermelha assinala uma economia destruída, com o número de mortes acima dos anunciados e a fuga de milhares principalmente para o Chade, a maioria mulheres e crianças. Estes grupos compõem  80% dos que entram no país vizinho com a piora do conflito no Sudão.  

A assistência humanitária é cada vez mais urente e os valores disponíveis limitam a resposta para a crise. 

Já o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, entregou mais de 2,5 mil toneladas de suprimentos de saúde, nutrição, água e saneamento para menos 1,6 milhão de crianças.  

Mais de 600 toneladas de ajuda nutricional essencial foram distribuídos em 11 estados sudaneses, mais ainda não chegam para  tratar mais de 45 mil crianças que sofrem de emagrecimento severo nos próximos meses. 

Centenas de refugiados sudaneses recém-chegados reúnem-se para receber kits de ajuda humanitária do ACNUR no local de Madjigilta, na região de Ouaddaï, no Chade.

Pessoas em movimento 

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, montou cerca de 1 mil tendas para ajudar pessoas em movimento nos estados do Nilo Branco, Kassala, Gedaref e Darfur do Norte. 

Como parte da resposta dada aos países vizinhos, a  Organização Mundial da Saúde, OMS, forneceu 10 toneladas de medicamentos essenciais e suprimentos de saúde ao Egito.  

A agência definiu como meta tratar 50 mil recém-chegados sofrendo de doenças não transmissíveis e desnutrição aguda grave. 

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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